A Penitenciária Estadual de Charqueadas (PEC) recebeu neste fim de semana o projeto Humanizarte, que tem por objetivo levar mais cor às casas prisionais, melhorando o bem estar e o aspecto das dependências por onde os familiares dos apenados passam na penitenciária. O programa já atendeu também a Penitenciária Estadual de Arroio dos Ratos (Pear) e planeja se estender por todo o Estado.
Lucas Anão demonstra criatividade na elaboração dos grafites
A sala por onde transitam as crianças recebeu pintura especial, com motivos infantis. A arte em grafite colore os espaços e oferece também jogos infantis (como a "amarelinha") para que as crianças possam se distrair durante as visitas. A Penitenciária Modulada de Osório também participa do projeto, através do fornecimento de tapetes artesanais (produzidos com o trabalho prisional) para estes espaços.
Impacto positivo
Segundo Sonia Modena, da Coordenadoria Penitenciária da Mulher, outras penitenciárias já manifestaram interesse em participar. Os servidores que atuam nas salas de visita também são beneficiados, já que "os espaços ficam mais agradáveis", afirma Sonia. Segundo o administrador da PEC, Joel Fuhr, "o projeto causa um impacto positivo aos servidores, visitantes e às pessoas em situação de prisão".
Motivos infantis ajudam a alegrar o local
Um dos mentores do projeto, Lucas Anão Vernieri, acredita que levar arte para as casas de detenção acolhe os familiares de uma maneira mais humana. De acordo com Anelise Pereira, da Coordenadoria Penitenciária da Mulher, "os ambientes serão grafitados com motivos que transmitam uma mensagem de paz, amor e liberdade, sempre salientando a importância da família e possibilitando um maior acolhimento para todos".
Diversos desenhos estampam o espaço, agora repaginado
De autoria da Assessoria de Direitos Humanos/Coordenadoria Penitenciária da Mulher em parceria com Lucas Anão Vernieri, do Núcleo Urbanóide, o Humanizarte conta com o apoio das Tintas Coral.
A psicóloga Sonia Modena e a agente penitenciária Anelise Pereira estão à frente do projeto
Caroline Paiva
Imprensa Susepe