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18 de Abril de 2024, 00:51
Atualização 13.12.2013 às 13:59
Publicação 09.12.2013 às 09:30
Todos os apenados do Instituto Penal de Montenegro possuem trabalho
Pisos de concreto fabricados na Abmais, em São Sebastião do Caí
Foto de Divulgação

Parcerias da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) com empresas da região do Vale dos Sinos e Caí viabilizam emprego para todos os detentos do Instituto Penal de Montenegro (IPM). O instituto conta, atualmente, com 53 apenados nos regimes aberto e semiaberto. Destes, 90% trabalham em serviços externos e 10% em serviços internos, resultando na totalidade de detentos envolvidos em atividades laborais. Os empregos são proporcionados por meio de Protocolos de Ação Conjunta (Pacs) e Convênios.

De acordo com a assistente social do IPM, Cintia Vasconcelos, por conta do trabalho, os apenados têm mantido uma boa conduta. "Hoje, podemos dizer que o índice de reincidência dos que trabalham nas empresas parceiras é zero", afirma, enfatizando que quando o detento falta ou atrasa no serviço, o presídio é imediatamente comunicado.

O recrutamento dos trabalhadores é feito pela administração em conjunto com a equipe técnica do estabelecimento penal e, segundo a assistente social, devido à credibilidade do trabalho realizado, sobram vagas. "Ao longo do nosso projeto, firmamos parcerias e ganhamos a confiança dos empregadores e apenados. O foco é na ressocialização por meio do trabalho", relata.

Parcerias firmadas

O IPM realizou diversos acordos que possibilitaram empregar todos os detentos do presídio. Segundo Cintia, o Conselho da Comunidade do município auxilia na busca das parcerias de trabalho. "Além de auxiliar mensalmente com materiais de higiene e melhorias na casa prisional, o grupo tem feito indicações de empresas propensas a empregarem apenados", comenta.

A Prefeitura Municipal de Montenegro foi uma das instituições que firmou convênio com o IPM. O trabalho desenvolvido pelos apenados vinculados à prefeitura contempla as demandas da cidade, como capina de ruas, desentupimento de fossas e podas de árvores.

A empresa Ferrymont, de Montenegro, também fez parceria com o instituto. Conforme o proprietário, Adão Oliveira, "o retorno que os detentos trazem é muito bom". Com isso, o empregador pretende dar permanência aos seis apenados que trabalham na empresa, proporcionando cursos de qualificação. "Eles precisam ter uma profissão", afirma. Para o apenado I. R., "o ambiente é agradável, somos como uma família". O colega F. L. acrescenta que "somos tratados com respeito e sem humilhação".

Já na Gramon Mármores e Granitos, também em Montenegro, um dos apenados conseguiu uma vaga para o seu filho na mesma empresa, onde desfruta do primeiro emprego. Segundo o proprietário, João Felipe Von Mühlen, "os detentos trabalham com afinco e dedicação".

Outra empresa que firmou Pac com o IPM foi a Abmais, de São Sebastião do Caí, onde quatro apenados trabalham na fabricação de pisos de concreto. De acordo com o proprietário, Júlio Moraes, os detentos "trabalham bem e tem compromisso como os demais funcionários".

 

 

Caroline Paiva
Imprensa Susepe

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SUSEPE - Superintendência dos Serviços Penitenciários