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24 de Abril de 2024, 17:49
Atualização 01.08.2016 às 15:42
Publicação 01.08.2016 às 15:33
Presídio de Taquara realizou nesta segunda-feira (01) formatura da 2ª Edição do Curso de Artesanato
A renda do artesanato é revertida para os familiares, que vendem as peças
Foto de Neiva Motta

O marceneiro G.K , um dos formando na 2ª Edição do curso de artesanato comentou que  produzir artesanato requer mais delicadeza e criatividade diante dos móveis a que estava habituado a construir na fábrica onde trabalhava antes de ser condenado ao regime fechado.  O curso teve carga horária total de 40h e ocorreu nos meses de junho e julho.

Feito pelas mãos dele, um dos trabalhos que mais se destaca são réplicas de caminhões com direito a reboque feitos em palitos de picolé e pedras imitando zircônia substituem os faróis.

Materias reciclados são doados pela comunidade e parceiros no projeto

Carteira de Artesão

As edições deste curso são três e vão acontecer até o mês de dezembro. Mais 16 apenados já estão inscritos para iniciar no próximo dia 8.08.  Porongo, vidro, madeira e plástico, que também são arrecadados pela professora Isabel e pela equipe técnica do presídio, são os materiais utilizados no curso.

A psicóloga Kamêni Rolim disse que os integrantes dessas duas edições trabalharam com bastante motivação e demonstraram disciplina na frequência e pontualidade das aulas. Na primeira turma, foram nove participantes.  Os doadores de materiais para a realização das aulas são:  J.A Junior, Beto Bazar, Isa Presentes, Madelar, Flygraf e Sindicato das Indústrias de Três Coroas.

 A  assistente social do Presídio, Eliana Mota, explicou que uma equipe da Fundação Gaúcha dos Trabalhadores e Ação Social (FGTS) analisa as práticas desenvolvidas no artesanato para, posteriormente, expedir as carteiras de artesão.

A esposa do preso. T.P. reiterou que, além de gratificante ver o esposo envolvido num ofício dentro do próprio estabelecimento prisional,  a renda da venda do artesanato que ele produz, fica toda para a família.  

Da terra

O Presidente da FECCAPEN e Programa de Articulação Comunitária, Nilton Caldas, disse que a formatura não só oportunizou a integração da sociedade e presídio , como a valorizou a cultura da terra, usando algumas matérias primas do município. "O preso deve ter oportunidades de voltar melhor para a sociedade", finalizou.

"Desde que assumimos a casa prisional, estamos fazendo esforços e superando  desafios para promover trabalho e cursos de qualificação para os apenados", informou o diretor do estabelecimento prisional, Jorge Ribeiro.

Participaram do evento, o Juiz Juliano Etchegary Fonseca, da Comarca da Taquara, Adilson Rech, Coordenador Técnico da 1ª DPR,  Jefferson Benedetto, Presidente do Conselho da Comunidade de Taquara e a professora de Artesanto, Isabel Leontina Schunck, representante da Pastoral Carcerária Tânia Natus, a assistente social,  Gabriela Monteiro e a psicóloga Pâmela Georg, do Departamento de Tratamento Penal, Liliana Lopes, Professora do PBA e familiares dos formandos.

 

Neiva Motta

Imprensa Susepe

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