Além de recolher os lixos, apenados também plantaram mudas de árvores

Foto de Caroline Paiva

Uma ação de educação e preservação ambiental na região de caça e pesca do Rio Gravataí foi realizada durante a tarde da última quinta-feira (25). Vinte e três apenados do regime semiaberto do Instituto Penal de Gravataí (IPG) recolheram lixos e também plantaram mudas de árvores.  A iniciativa é uma parceria da Susepe/ IPG, com a Prefeitura de Gravataí, por meio da Fundação Municipal de Meio Ambiente (FAMA) e do Grupamento Ambiental da Guarda Municipal.

Antes da chegada, os detentos passaram por um momento de sensibilização, que tinha por objetivo explicar a importância de se manter limpo o entorno do rio e, também, sobre como e onde plantar as mudas. Já no local, os apenados iniciaram a coleta de lixo e plantação das quase 30 árvores, entre figueiras, aroeiras e pau-ferros.

A atividade voluntária auxiliou na limpeza das margens do Rio Gravataí

Segundo o engenheiro e técnico agrícola da FAMA, Paulo Roberto Müller, algumas partes do Rio Gravataí, especialmente a parte de caça e pesca, onde foi realizada a ação, estão muito degradadas. "A proposta é de que não seja feita só a limpeza, como também uma atividade de educação, que vise conscientizar sobre a preservação do rio e da encosta. É preciso que todos saibam dos malefícios que a jogada de lixo e podas irregulares causam para o ambiente", comentou. Para o engenheiro, é importante ressaltar que o rio não é um 'monstro do Pântano', que digere tudo que se coloca lá.

Idealizadora do projeto, a diretora do IPG, Janaína Guntzel, acredita que é preciso apenas uma oportunidade de inclusão. "Além de ser uma atividade, permite que os presos possam contribuir positivamente para o meio ambiente. A ideia já era antiga, e agora vamos buscar intensificar a parceria para realizar a ação ao menos uma vez por mês", afirmou.

O contato inicial foi feito com o secretário de Segurança de Gravataí, André Brito, que também disponibilizou um micro-ônibus para levar os apenados até o local. Todos os detentos receberam autorização judicial do juiz da Vara das Execuções Criminais (VEC) de Porto Alegre, Paulo Irion, para poder realizar o trabalho voluntário. O IPG possui atualmente cerca de 70 detentos.

Servidores do Grupamento Ambiental da Guarda Municipal, que apoiaram a ação, e diretora do IPG, Janaína Guntzel

Caroline Paiva
Imprensa Susepe