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20 de Abril de 2024, 02:11
Atualização 09.11.2016 às 16:27
Publicação 09.11.2016 às 15:39
Parceria da Susepe com a UFRGS lança Programa Justiça com as Próprias as Mãos
Momentos do lançamento do Projeto Justiça com as Mãos
Foto de Janice Sant'Ana

O Presídio Madre Pelletier realizou , na última terça-feira (8), a cerimônia de lançamento do Programa Justiça com as Próprias Mãos: Manualidades e Direitos Humanos das Mulheres.

O programa é uma parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul(UFRGS) e da Susepe, contará com a participação de sessenta apenadas que serão inseridas em cursos de qualificação e oficinas pedagógicas.

Na prática, o Programa de Extensão “Justiça com as Próprias Mãos: Manualidades e Direitos Humanos das Mulheres”, é uma iniciativa do Departamento de Estudos Especializados da Faculdade de Educação da UFRGS e prevê a capacitação para 120 servidores da Susepe. A carga horária é de 40h, sob o tema “Educação nas Prisões”, na FACED/Ufgrs. Dentro dessas ações, está a implantação de uma biblioteca ecofeminista na Madre Pelletier.

O convênio foi assinado com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Penitenciária Feminina Madre Pelletier. Contempla o desenvolvimento de ações de inclusão social para mulheres que cumprem pena no estabelecimento prisional.

 

A cerimônia

Segundo a professora da Faculdade de Educação e Coordenadora do Programa Justiça com as Próprias Mãos, Aline Della Libera, o projeto começou quando ela entrou na UFRGS e coordenou uma pesquisa chamada Justiça com as Próprias Mãos. Diante disso, recebeu uma verba federal para pesquisa, que foi utilizada em projetos voltados para Justiça em alguns bairros da periferia.

Nas atividades do projeto o tema central é Justiça, o que entendiam o fazer  justiça com as próprias mãos. Por meio destes debates, foi introduzido o trabalho artesanal realizado por mulheres em situação de vulnerabilidade social.

Em 2014 surgiu o convite, na época da Coordenadoria Penitenciaria da Mulher, de ampliação e adesão do projeto para o sistema prisional.  A proposta de produção artesanal, discussão dos direitos das mulheres, literatura feminista, entre outros assuntos referentes ao ambiente prisional também passaram a ser implementados.

 

A produção será de sabonete composto de ervas medicinais. O material foi oferecido pela Pró Reitoria de Extensão, que também contribui para a reforma de duas salas onde se desenvolverá as atividades do projeto.  Esses sabonetes serão para consumo próprio das apenadas oficineiras, que  também vão compartilhar o ensinamento para demais apenadas.

A UFRGS, também acrescentou ao projeto cinco alunas bolsistas de diversos cursos da universidade que trabalharão junto às apenadas.

As atividades do projeto vão acontecer duas vezes na semana, sendo um dia Roda de Leitura e no outro, artesanato. Neste primeiro momento, participarão 15 detentas e até setembro do próximo ano. Serão contempladas 60 mulheres.

Na Susepe, a coordenação será viabilizada pelo Departamento de Tratamento Penal (DTP) por meio do Setor de Direitos Humanos Cultura e Projetos e mediadas pela assistente social Jaqueline Jesus do SDHCP.  

A diretora da Madre Pelletier, Maria Clara de Matos, disse que esta parceria com a UFRGS é muito bem- vinda.  Ela agradeceu aos servidores do estabelecimento prisional e a superintendente da Susepe por autorizar a implantação deste projeto.

Segundo a diretora do Departamento do Desenvolvimento Social da Pró-Reitoria de extensão da UFGRS, Rita de Cássia Camisolão, foi uma excelente ideia colocar as alunas junto ao projeto. "Acredita-se que a troca de experiências será salutar. Elas têm algo a ensinar, mas com certeza muito a aprender com as mulheres, que no momento, frisou ela, estão privadas da liberdade", disse.

A diretora do Departamento de Tratamento Penal, Mara Minotto, disse que se surpreendeu com a riqueza de conteúdo do projeto. "Me emocionei com as falas das professoras Aline Libera e Rita Camisolão". Mara agradeceu a direção da casa e demais envolvidos pela preocupação com as mulheres presas. 

Ao final do evento as participantes deixaram uma mensagem de apoio às mulheres integrantes do programa, nas paredes da sala, onde será realizada a oficina.

Janice Sant’Ana e Neiva Motta

Imprensa Susepe                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                              

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