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23 de Abril de 2024, 17:14
Atualização 30.03.2020 às 16:38
Publicação 30.03.2020 às 13:56
Apenadas de presídios gaúchos confeccionam máscaras de proteção ao coronavírus
No Presídio Feminino Lajeado, seis apenadas estão trabalhando na confeccção de máscaras
Foto de Lidiane Malmann

Apenadas do Presídio Feminino de Lajeado e do Presídio Feminino de Torres iniciaram a confecção de máscaras de tecido para serem doadas a servidores da segurança pública, como forma de proteção à pandemia do coronavírus.

Em Lajeado, seis apenadas estão trabalhando nessa ação. A oficina parte de um projeto de trabalho prisional já existente, por meio do qual foram adquiridas máquinas de costura através de verba da Vara de Execuções Criminais de Estrela. A Diretora da casa prisional, Rita de Cássia Donini, destaca que, além de praticar o artesanato, a atividade auxilia na inclusão social das presas, que se sentem valorizadas por darem uma contribuição social. A Delegada Penitenciária da Região, Samantha Longo, também afirma que é fundamental que todos reúnam esforços para o enfrentamento dessa crise. “A atitude das apenadas é uma forma honrosa de retornar à sociedade uma ação positiva”.

Em Torres, também seis detentas estão trabalhando na produção dos equipamentos. Duas voluntárias da Pastoral Carcerária ensinam as presas a costurar e verificam a qualidade do produto finalizado. O objetivo é que, nos próximos dias, outras quatro máquinas de costura sejam instaladas para que se consiga o total de dez apenadas trabalhando. A previsão é fazer inicialmente 1000 unidades, que serão destinadas a servidores penitenciários da 1ª Região. As máscaras produzidas em Lajeado serão também utilizadas por servidores da Susepe. O objetivo é abastecer os profissionais que não podem ter suas atividades paralisadas, por desempenharem um serviço essencial à sociedade.

No Presídio Feminino de Torres, a previsão é produzir inicialmente mil unidades


Para o Delegado Penitenciário da 1ª Região, Ben Hur Calderon, esse é um trabalho prisional que contribui com o bem social. “As máscaras que estão sendo produzidas pelas presas serão de grande valia para os servidores e também para os próprios presos. Pretendemos em breve expandir para que outros estabelecimentos prisionais da região também iniciem a produção de máscaras”, adiantou.

Expansão do projeto

Essas oficinas estão funcionando de forma voluntária, mas o projeto será expandido até o final desta semana. O Departamento de Tratamento Penal da Susepe, por meio da Divisão de Trabalho, está organizando a implantação de 12 oficinas de confecção de máscaras distribuídas em todas as regiões penitenciárias do RS. Conforme a diretora da Divisão, Elisandra Minozzo, as máscaras produzidas seguirão resolução da Anvisa e obedecerão aos critérios técnicos e de higiene para produção. “É um projeto que, além de contribuir para a inclusão da pessoa presa, supre uma necessidade do mercado, beneficiando os servidores e a própria sociedade. Nossa preocupação também está em atender essa demanda com qualidade, garantindo a eficácia do produto para os usuários”, afirmou. As máscaras serão utilizadas inicialmente nos estabelecimentos prisionais e, conforme for expandindo o projeto, também serão realizadas parcerias com órgãos da sociedade civil.

Imprensa Seapen/Susepe

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