O Presídio Estadual de Júlio de Castilhos, dando continuidade ao desenvolvimento de ações de inclusão social, concluiu, na semana passada, a primeira etapa da campanha de recolhimento de caixas de leite vazias para serem reutilizadas como isolantes térmicos nas paredes e teto de residências com pouca estrutura.
"Fizemos uma campanha de arrecadação das caixas de leite no próprio presídio, armazenamos uma certa quantidade, para, finalmente, começar a instalação nas residências indicadas pela Secretaria de Assistência Social e Habitação do Município", explicou o diretor do estabelecimento prisional, Gabriel Moresco.
Acolhimento
O objetivo da ação é reduzir o impacto do frio. Este isolante térmico, pode atenuar ou aumentar a sensação climática em até 9° graus, tanto no inverno como no verão, criando condições de maior salubridade em locais de grande vulnerabilidade social, conforme pesquisas de expertises na área.
O delegado penitenciário da 2ª Região, Anderson Prochnow, elencou os benefícios da ação. "Além da remição a que eles têm direito, os trabalhos foram desenvolvidos na oficina do presídio, em prol da comunidade. "Desta maneira, todos os envolvidos saem vitoriosos", disse Prochnow.
Instalação
A aplicação do material é realizada por oito apenados do regime fechado, acompanhados de escolta de agentes penitenciários. O trabalho deles envolve armazenamento, seleção e lavagem das caixas de leite, corte e preparação final, e costura e formação de placas de 1m².
Sustentabilidade
"O projeto articula os pilares da sustentabilidade, com reciclagem, trabalho prisional e responsabilidade social, tornando os apenados atores do processo de fomento de boas práticas na comunidade local, alterando a visão de mundo e integrando-os socialmente", disse Moresco.
A Secretaria tem uma lista de casas aptas à instalação das placas térmicas.
Neiva Motta
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