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24 de Abril de 2024, 13:12
Atualização 19.10.2021 às 12:07
Publicação 19.10.2021 às 10:47
Atividades da Oficina Tricouro são retomadas nas Penitenciárias Femininas Madre Pelletier e de Guaíba
Detentas das duas maiores penitenciárias femininas do RS trabalham no Projeto Tricouro
Foto de Divulgação SJSPS

No segundo semestre deste ano, foram retomadas as atividades da Oficina Tricouro, em que apenadas da Penitenciária Estadual Feminina Madre Pelletier (PEFMP) e da Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba (PEFG) trabalham na confecção de peças de tricô e crochê para as bolsas produzidas com couro trançado.

As bolsas ficaram famosas por atenderem a um público elitizado, com 20% de sua produção dirigida ao mercado de exportação, e os 80% restantes comercializados no centro do País, tendo inclusive aparecido na novela O Segundo Sol, da Rede Globo.

Pela atividade, as presas trabalhadoras recebem 75% do salário mínimo nacional, além da remição da pena (diminuição da pena em um dia a cada três trabalhados).

Na Penitenciária Estadual Madre Pelletier, o projeto de design em couro acontece desde 2018, sendo organizado pelas agentes penitenciárias do Setor de Valorização Humana, Marília Simões e Maria Lúcia Brum. No momento, nove apenadas trabalham na oficina, com uma produção mensal média de 240 produtos.

A mesma atividade acontece, desde 2020, na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, com a atuação, atualmente, de cinco apenadas, que produzem, mensalmente, cerca de 60 peças.

Segundo a diretora substituta da PEFG, Isadora Minozzo, “a Tricouro tem sido uma grande parceira do trabalho prisional na Penitenciária, sempre empenhada em promover as melhorias propostas pela gestão. Esperamos em breve aumentar o número de pessoas privadas de liberdade envolvidas no projeto e, assim, garantir que o cumprimento da pena possa gerar o aprendizado de uma profissão que será fundamental para o retorno à sociedade".

Já a diretora da PEFMP, Rafaelle Taisa de Assis Fernandes, destacou que "a retomada do trabalho prisional é imprescindível para que possamos ofertar às apenadas a possibilidade de uma verdadeira reintegração à vida em sociedade, e elas contarão com todo o incentivo necessário dentro da unidade prisional".

Para o empresário Peterson Schulenburg, diretor da empresa, “além do valor comercial dos produtos, importa muito o trabalho social que está envolvido na sua confecção. E é muito satisfatório saber que participamos de um projeto que pode mudar a vida das pessoas, para melhor”.

Segundo a chefe do trabalho prisional do Departamento de Tratamento Penal da Susepe, Elisandra Minozzo, “o projeto, desenvolvido nas duas maiores penitenciárias femininas do Estado, tem um olhar focado no empreendedorismo feminino, indo para além do artesanato, com a confecção de um produto de qualidade e de alto valor de mercado, buscando, com isso, a inclusão social e a autonomia financeira dessas mulheres".

Imprensa Susepe

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