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Atualização 26.06.2017 às 09:59
Publicação 23.06.2017 às 16:20
Seminário Violência, Cultura e Sistema Prisional lotam a URI, em Santo Ângelo
Momentos do Seminário Violência , Cultura e Sistema Prisional
Foto de Janice Sant'Ana

O auditório da URI(Universidade Regional Integrada) de Santo Ângelo, na quinta-feira(22), foi palco do Seminário “Violência, Cultura e Sistema Prisional”.

 O evento teve como objetivo promover o diálogo entre os diversos segmentos da sociedade e foi coordenado pela 3ª Delegacia Regional Penitenciária, em parceria com a Coordenação dos Cursos de Psicologia e de Direito da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões.

Na oportunidade foi apresentado o trabalho desenvolvido pelas técnicas que compõem os 10 estabelecimentos prisionais da região. A atuação desses profissionais visa reduzir as vulnerabilidades sociais, psicológicas e criminais, além de contribuir de maneira para melhoria da qualidade de vida dos apenados. O preso ao longo do cumprimento de sua pena participa de diversas ações de promoção, proteção, prevenção, assistência e reabilitação.

A universidade também realiza diversas pesquisas e projetos de intervenção voltados para este tema. Um grupo de alunos do Direito e da Psicologia apresentaram os resultados dos estudos que fizeram com integrantes da família dos apenados.

 O 1º panelista, professor doutor em Psicologia, Pedro Pacheco, falou sobre Violência e Cultura Punitiva. De acordo com ele, o Brasil é o 3º colocado no ranking do mapa da população prisional. Citou que os Estados Unidos é o primeiro colocado e a China, ocupa o 2º lugar. O Brasil tem 41% de presos no regime fechado sem condenação, em razão do Código Penal que tem 1.680 crimes, "se forem levar em conta todas as ações contrárias, muitos de nós estaríamos presos", disse o professor Pacheco.

  Já, a segunda palestra foi proferida por representante do Ministério Público, o procurador Gilmar Bortolotto, que é coordenador do Núcleo de Apoio à Fiscalização de Estabelecimentos Prisisonais de Porto Alegre. Segundo ele, este tema, segurança pública, promove a reflexão em torno de tudo o que está acontecendo. "quando são questionadas sobre a causa da violência, só dizem que precisa se ter mais presídios, prisões e polícia. E também acrescentam que se for muito ruim é melhor ainda, por que aquele que me maltratou irá sofrer, e não quererá voltar para lá", disse ele, sobre as condições das cadeias, ledo engano.

O procurador destacou o trabalho da Susepe, apesar das poucas condições que eles dispõem. Ele disse que se encantou com os diversos projetos apresentados pelos técnicos, que são realizados na 3ª região penitenciária. "Mas tais projetos precisam crescer e se tornar um programa de política publica, por que isso é o que pode diminuir a violência", acrescentou.  

O seminário contou com a participação de diversas autoridades, entre eles, o juiz da Vara de Execução de Santo Ângelo, Márcio Miller, o procurador da república, Osmar Veronese, o delegado da polícia federal, José Silveira, a delegada de polícia civil, Eliane da Silva, o presidente da Câmara de Vereadores de Santo Ângelo, Adelar Queiroz, o defensor público, André Girotto, a diretora do Departamento de Tratamento Penal da Susepe, Mara Minoto, representando a Superintendente da Susepe, Marli Ane Stock, entre outros.

Representando a superintendente da Susepe, a diretora do DTP, Mara Minotto, agradeceu a iniciativa da 3ª Delegacia Penitenciária Regional, referenciou os técnicos , os agentes e delegado penitenciário Jair Félix."Agradeço a Universidade pela parceria em discutir um tema de extrema relevância, a segurança. O intuito é buscar alguma alternativa, com certeza, evitar que os problemas no futuro se agravem", finalizou.

Uma exposição com trabalhos de artesanatos de todos os estabelecimentos da região estavam amostra para os participantes. A entrada no evento era um produto de higiene que será distribuído aos presos.

 

Janice Sant’Ana

Imprensa Susepe

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