O renomado artista plástico, o gaúcho Aloízio Pedersen levou seu talento e arsenal de materiais artísticos pessoais até o Presídio Central de Porto Alegre (PCPA) para realizar uma oficina intitulada "Pollock vai ao Central", no último dia (01), na parte da manhã. A atividade ocorreu em parceria com o projeto Direito no Cárcere, que visa a inclusão social de apenados da galeria E1, que estão em processo de desintoxicação química.
Assim como o pintor expressionista americano, Jackson Pollock, usando a técnica "drip paiting", que é pintura com respingos na tela ao chão, Pedersen, chamou um por um dos detentos, para que pudessem mostrar sua composição na superfície da tela.
Para Aloízio, além de disseminar o trabalho destes renomados artistas no ambiente carcerário, é possível, por meio desta iniciativa, promover a autoestima e estimular a reflexão individual. Os materiais usados foram tinta acrílica, papel cartão craft e pincéis.
"Pude também aprofundar a experiência com um vídeo sobre a ‘action painting’ de Pollock e o estudo de cores de Piet Mondrian e seus significados para Wassily Kandinsky”, informou o artista, que é conhecido por trabalhar há três anos com a arte na inclusão de internos da Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase), pela Escola Tom Jobim.
Construção, arte e emoção!
A jornalista e advogada, Carmela Grune, que é a idealizadora do Projeto Direito no Cárcere no PCPA, disse que a parceria do ArteInclusão, do artista Aloízio Pedersen foi uma intervenção que mexeu muito com as emoções. "A capacidade que Aloísio teve de levantar a autoestima do grupo, analisada em cada atitude construtiva para o trabalho foi muito gratificante", mensurou Carmela.
A ação foi possível graças ao apoio da direção do PCPA, tenente-coronel, Marcelo Gayer, dos magistrados Luciano Losekan, da VEPMA, Sidinei José Brzuska, da Vara de Execuções Criminais (VEC) e Ministério Público do RS.
Neiva Motta
Imprensa Susepe