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26 de Abril de 2024, 23:42
Atualização 03.10.2016 às 09:46
Publicação 30.09.2016 às 16:42
Parceria inédita vai gerar trabalho para apenadas do Pelletier em reciclagem de lixo eletrônico
Projeto piloto empregará até 40 apenadas
Foto de Caroline Paiva

Sustentabilidade, preservação ambiental e inclusão social são os conceitos que norteiam o projeto piloto que deverá empregar até 40 apenadas da Penitenciária Feminina Madre Pelletier (PFMP) em um trabalho inédito. A parceria entre a Susepe, a Procergs e a empresa de gerenciamento de sucatas JG possibilitará que as mulheres privadas de liberdade trabalhem na reciclagem de lixo eletrônico.

As atividades consistem na desmontagem de aparelhos eletroeletrônicos e separação de resíduos tecnológicos. O trabalho será remunerado, onde as detentas deverão receber 75% do salário mínimo nacional (cerca de R$ 660) por seis a oito horas diárias, de segunda a sexta-feira. Elas receberão, também, certificação e treinamento teórico e prático.

O convênio terá a vigência de 24 meses (dois anos) a partir da data de sua assinatura. À empresa cabe o gerenciamento do serviço, o fornecimento dos materiais e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), bem como a orientação e o treinamento. Já à penitenciária, cabe a seleção e recrutamento da mão de obra, além da fiscalização.

Na última quinta-feira (29), 18 apenadas participaram de uma palestra inicial, que tinha por objetivo apresentar o projeto. Na ocasião, o proprietário da empresa JG, Joelson Gonsalves, contou sobre a sua história de vida e o que o motivou a apostar neste ramo. “Passei dos 12 aos 17 anos catando sucata nas ruas. Um dia conheci um homem no trem, ele perguntou o que eu fazia e que materiais eu conhecia. Depois de um tempo, esse mesmo homem me levou a São Paulo, onde eu aprendi a reciclar os resíduos tecnológicos. Quando voltei, resolvi montar a empresa, que hoje é pioneira em reciclagem de lixo eletrônico no Brasil”, relatou.

A coordenadora do Trabalho Prisional da Susepe, Morgana Teodoro, falou sobre as atividades do setor, que visam divulgar o trabalho prisional e fomentar a participação, para incentivar iniciativas como estas. Já a diretora do PFMP, Maria Clara Rei, comentou sobre a importância para a preservação do meio ambiente que este tipo de trabalho possui e a utilização desse aprendizado para o momento de saída do presídio. O representante da Procergs, César Telles, ressaltou o sucesso da parceria. “Esta é uma iniciativa inédita no Brasil. A Procergs deu a ideia e a Susepe fez questão de acatar. Além disso, é uma oportunidade única para as participantes, pois é um ramo em ascensão”, afirmou.

 

 

Caroline Paiva
Imprensa Susepe

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