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05 de Maio de 2024, 07:11
Atualização 10.08.2021 às 14:28
Publicação 10.08.2021 às 14:12
Programa para inclusão social de apenados em progressão para o regime semiaberto inicia em Pelotas
O programa trabalha a preparação do apenado para o convívio social
Foto de Rodrigo Chagas

Na última sexta-feira (6), 14 apenados do Presídio Regional de Pelotas (PRP) participaram da primeira reunião com a metodologia socioemocional desenvolvida pelo programa ACT, que integra o eixo de prevenção do Pacto Pelotas pela Paz. O projeto está sendo desenvolvido com apenados do regime fechado que estão em tempo de progressão para o regime semiaberto, visando colaborar com a ressocialização dos presos e prepará-los para o convívio familiar após o cumprimento da pena.

A Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) recebe esse nome por causa de uma de suas propostas mais centrais de modelo de terapia: aceitar o que está fora de seu controle pessoal, e comprometer-se à ação que melhore e enriqueça a sua vida.

A participação é voluntária, e, para o primeiro encontro, foram convidados os presos com progressão de regime prevista para outubro e novembro. Serão nove encontros semanais, às sextas-feiras, com as dinâmicas aplicadas pela coordenadora do programa no Município e diretora da Secretaria de Segurança Pública, Alicéia Ceciliano. No final do programa, essa primeira turma terá uma formatura.

O foco do projeto é a prevenção da violência


Chamado de sessão prévia, o primeiro contato dos presos com o ACT envolveu a apresentação de regras e normas do programa. A dinâmica inicial aplicada, denominada caixa dos sonhos, convidou os participantes a contarem o que eles planejam para a vida de seus filhos. “Eles querem que os filhos tenham uma vida totalmente diferente da que eles tiveram. Querem um futuro melhor, com estudo e trabalho”, destacou Alicéia.

Preparação para o convívio familiar

O programa, que tem como foco a prevenção da violência, irá trabalhar a inserção do apenado no convívio social e oferecer condições que possibilitem o restabelecimento e fortalecimento de vínculos afetivos. “Para a vida dos apenados não mudar do dia para a noite, se faz necessário o auxílio e a preparação para a progressão de regime, para o retorno ao convívio familiar. Aí reside a importância desse projeto”, ressaltou o secretário de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo, Mauro Hauschild, que, em julho, participou de reunião com a prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, para alinharem o projeto.

A delegada da 5ª Região Penitenciária, Deisy Vergara, ressaltou a importância dessa ação para o tratamento penal. “Os apenados podem refletir sobre a forma como se relacionam com a família e com a sociedade, o que será fundamental para a inserção na comunidade depois de cumprirem a pena”. É o que também enfatizou o diretor do PRP, Carlos Henrique Peil, ao comemorar a inserção da metodologia ACT dentro do sistema prisional. “Educação é a principal base que podemos dar aos apenados”, disse Peil.

A preparação para o retorno ao convívio familiar é essencial durante o período de detenção, de acordo com a psicóloga da 5ª DPR Daiane Alves Bueno. Ela será uma das duas profissionais da área da psicologia que irão auxiliar nas dinâmicas. Além de se pensar na relação entre o preso e sua família, a inserção do ACT nesse espaço faz com que os reeducandos saiam das celas e reflitam sobre sua vida pós-cárcere.

Gisele Reginato

com informações da Prefeitura de Pelotas

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