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29 de Abril de 2024, 06:38
Atualização 21.10.2022 às 17:43
Publicação 21.10.2022 às 14:38
Cães da Susepe auxiliam na socialização de autistas em Gramado
Projeto é realizado em parceria com a APAE
Foto de Divulgação Susepe

O Canil da 7ª Delegacia Penitenciária Regional (DPR) da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) promovem, em parceria, um projeto de atendimento de 19 pessoas com autismo em Gramado, por meio do contato com cachorros. A técnica, denominada cinoterapia, contribui para o desenvolvimento de aspectos sociais, comportamentais e emocionais, além de habilidades cognitivas. O público-alvo da atividade são crianças, adolescentes e adultos atendidos pela APAE.

 

 

Acariciar os dois border collie, oferecer petiscos, construir obstáculos e arremessar bolinhas para os cães buscarem são algumas das atividades realizadas pelos participantes. A interação com os animais trabalha diferentes aspectos como linguagem verbal (oral, escrita e leitura) e não verbal; raciocínio lógico-matemático; memória e atenção. Também estimula a autonomia, a autoestima e o autocontrole. Isso fortalece as relações interpessoais e a formação de vínculos afetivos dos pacientes.  

 

Os encontros, individuais ou em pequenos grupos, ocorrem desde setembro deste ano, às quartas-feiras. A coordenadora da iniciativa pela APAE Gramado, Juliane Zalamena, destaca o fato de a equipe, formada por quatro técnicas de saúde e dois adestradores, um deles cinotécnico, ser treinada e qualificada para exercer a atividade. “O objetivo é proporcionar a reabilitação desse público com a utilização do cão como mediador no processo terapêutico. A cinoterapia contribui, significativamente, para a melhora das características diagnósticas”, acrescenta. 

 

Gisele Silva, mãe de um dos participantes da atividade, Davi Batista, de 4 anos, avalia a importância do tratamento na vida do filho. “Participar da cinoterapia já tem trazido muitos benefícios para o nosso filho. A socialização e a comunicação dele têm melhorado muito. Ele sai da terapia feliz e isso faz toda diferença para o seu desenvolvimento”, frisa.

 

Mãe de Flávia Ellen Rodrigues dos Santos, de 5 anos, Maria Nayene Brás dos Santos, concorda com Gisele. “O sorriso toma conta dela quando vê os cachorros. Abraça e brinca com eles, essa convivência tem sido muito benéfica”, avalia.

 

O delegado da 7ª Penitenciária Regional, Fernando Demutti, ressalta que o projeto vai ao encontro das práticas de desenvolvimento social desempenhadas pela Susepe, órgão vinculado à Secretaria de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo (SJSPS). “O sistema prisional não é composto apenas de grades e muros, somos agentes de transformação social, visando contribuir com a comunidade”, frisa. Segundo ele, a atividade já apresenta resultados significativos.



Texto: Rodrigo Borba/Ascom Susepe

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