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29 de Abril de 2024, 23:49
Atualização 31.05.2016 às 14:44
Publicação 31.05.2016 às 14:23
Presídio Central aceita doação de materiais artísticos e de construção para sua Escola de Artes
Presídio Central recebe doações de materiais para Escola de Arte
Foto de Neiva Motta

 Na primeira fase do projeto da Escola de Artes, o Presídio Central de Porto Alegre (PCPA) está recebendo cimentos, tijolos, tinta, pincéis e lixas para a conclusão do espaço da Escola de Artes, que toma forma pelas mãos dos apenados ligados a Atividade de Valorização Humana (AVH).  As verbas, até o momento, dependeram de doações de instituições religiosas, de ensino e da direção do PCPA, que conseguiu alguns doadores. Os interessados em participar de doações de materiais para a Escola de Arte devem fazer contato com pcpa@susepe.rs.gov.br.

 

Trabalho feito por apenados ligados a Atividade de Valorização Humana (AVH)

Aceita-se doação

Esses apenados precisam de mais espaço para a criação de esculturas, quadros, brinquedos infantis e até bancos em madeira. Por isso, houve a necessidade de readequar as atividades para uma sala própria da Escola de Artes, sugerido, inclusive, pelos próprios presos, que tiveram todo apoio da direção do PCPA.

Para tanto, explica a soldado Lizandra Lopes, da Assessoria de Assuntos Estratégicos do PCPA, há em andamento também um projeto que vai contemplar parceiros para ministrar cursos na área da arte no PCPA a fim de estimular novas técnicas." Pretendemos estabelecer parceria com a Casa do Artesão para que viabilize carteiras do Artesão, e assim, possam ter mais chances no mercado de trabalho quando progredirem para a liberdade".  

Para o diretor do PCPA, tenente-coronel, Marcelo Gayer, a Escola de Artes, em pleno funcionamento, garantirá um incremento para a inclusão social. "Vamos desenvolver oficinas, cursos e palestras", elencou. Gayer reconheceu as dificuldades para aquisição de recursos para finalizar o projeto. Mas com o apoio de todos os voluntários já chegamos até aqui. Não pretendemos parar, pois temos capacidade de oferecer ferramentas de inclusão para que eles sintam-se úteis no sistema prisional, e mais qualificado para o mercado de trabalho.

Escultura em ferro, materiais que iam para o lixo viram peças de arte

Madeira, lixadeira..

O tatuador de famosos e  talentoso artista plástico, E.E, compartilha diariamente de seu conhecimento com os demais colegas na salinha lotada de madeiras bruta, ferro, tintas, quadros e brinquedos infantis.  Ao ruído do motor das serradeiras e do martelinho esculpindo a madeira, cada um vai dando forma e cor à sua criação. Ele disse que a oficina é autossustentável. "Um pedaço de madeira pode se transformar num porta incenso", falou.

 

Tintas, telas e verbas

Na outra fase, a Escola de Arte irá precisar de tinta, pincéis, cadeiras, palets, sucata, tocos de árvores para esculturas, tecidos para telas e lousas.   A verba das peças comercializadas é revertida na compra de mais matérias primas. "Investimos também em melhorias da oficina", informou o preso. Diversos eventos já expuseram o trabalho dos presos. No entanto, a direção conta com apoio da sociedade para ampliar este trabalho e incentivar o talento para a arte. O tempo ocioso dará lugar á criatividade e execução para o bem.

De um velho motor, arquitetaram uma máquina lixadeira. "Aproveitamos tudo aqui", mensurou o artista, que pretende fazer 25 martelinhos usando o ferro de grades velhas para demais alunos que integrarão a nova Escola de Arte.

 Nossa maior carência é a madeira, mas aceitamos ferramentas, costaneira, furadeira, lixadeira e esmerilhadeira para nossa oficina permanecer em atividade.  De um velho motor, arquitetaram uma máquina lixadeira. "Aproveitamos tudo aqui", mensurou o artista, que pretende fazer 25 martelinhos usando o ferro de grades velhas para demais alunos que integrarão a nova Escola de Arte.

 Do lixo à recuperação

"Tentamos oferecer meios de inclusão social para que eles se recuperem e não voltem a reincidir no crime. A orientação que passo pra eles, diariamente, é que aproveitem as oportunidades na prisão", falou o sargento Antonio Prestes. Para ele, esses presos precisam de estímulos, ajuda e reconhecimento da sociedade, são artistas natos.

 

Mais imagens dos trabalhos de presos no facebook oficial da Susepe

 

Neiva Motta

Imprensa Susepe

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