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03 de Maio de 2024, 05:04
Atualização 26.11.2020 às 20:53
Publicação 26.11.2020 às 19:49
Quinta edição da série Cães no Sistema Prisional mostra a dupla formada pelo cão Colt e o agente Ezequiel do Instituto Penal de Novo Hamburgo
Ezequiel participou de vários cursos para empregar cães nas intervenções prisionais
Foto de arquivo pessoal

 



O agente penitenciário Ezequiel Pires Da Silva, com curso de Cinotecnia pela Base Aérea de Santa Maria desde 2015, conta que, desde sua formação, busca utilizar cães para auxiliarem na segurança prisional.
Atualmente, ele utiliza os cães de intervenção em revistas no Instituto Penal de Novo Hamburgo (IPNH) e em operações do Grupo de Intervenção Regional (GIR) da 1ª Delegacia Penitenciária (DPR) do Vale dos Sinos e Litoral.


Além do amor pelos cachorros, Ezequiel destaca ainda que eles são grandes aliados dos agentes quando bem treinados para as intervenções nos presídios. As unidades prisionais contam com cachorros de intervenção e de redes. Os que atuam em redes impedem fugas de presos, tornando-se um apoio na segurança útil e de baixo custo ao Estado. "Estes estão sempre prontos a trabalhar, por isso, jamais devemos deixar de oferecer toda a estrutura que eles merecem:treinamento, casa, comida, e cuidados". Por sua vez, os cachorros operacionais têm treinamento especial para as intervenções. Entre os vários comandos que eles recebem, a mordida em uma parte do corpo, normalmente o braço, visa conter o indivíduo.

 

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"Eles podem ser usados em tomadas de pátio, de galerias, de celas e em situação com reféns. A presença do cão numa operação é muito ostensiva capaz de inibir má conduta por parte dos presos. Eles treinam sob fogos, fumaças e tiros e eu não vejo um modo melhor de operar que a utilização do cachorro, que é cem por cento confiável e está sempre a postos para trabalhar", reiterou. O canil do IPNH tem dois cães, um de intervenção chamado Colt, da raça pastor belga malinois, e um labrador, que está passando por treinamento para atuar no faro.


Colt tem seis anos, foi treinado por Ezequiel desde pequeno, e já tem onde "pendurar as chuteiras" na aposentadoria, prevista para daqui a dois anos. "Ele irá para minha casa", afirmou Ezequiel. Normalmente, um cão policial fica de sete a oito anos, no máximo, na ativa. O tempo e a quantidade de treinamento fazem com que com toda essa atividade ele já esteja bem cansado. Quando o animal chega à idade limite, ele é aposentado.

 


"Participei de diversos seminários e cursos na área, alguns com professores de fora do Brasil. Minhas principais escolas foram o canil da Penitenciária de Santa Maria, o canil da Cadeia Pública de Porto Alegre e a Guarda Municipal de Uruguaiana", disse Ezequiel.


"Já tivemos êxito em realizar uma captura de um apenado com a ajuda do cão. Neste momento, estamos tentando formar um deles para o emprego em localização de narcóticos", explicou. A ideia, com esse cão de faro, é facilitar as revistas em objetos e inspeção no veículos que entram no estabelecimento prisional, além de empregá-lo nas revistas estruturais. O treinamento de um cão policial começa logo nos primeiros dias de vida, com a estimulação precoce, através da qual são trabalhados todos os sentidos e a cognição do filhote.

 

Imprensa Susepe

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