Na última quinta-feira (24), o Complexo Penitenciário de Canoas formou a 1ª turma do Programa Jovem Aprendiz, em parceria com o Senac, com a Superintendência Regional do Trabalho e com o Grupo Zaffari & Bourbon.
Os alunos contaram com carteira assinada participando de curso teórico-prático para aprender noções básicas de empacotador e de repositor de mercadorias. Também estavam inseridos nas aulas do NEEJA, a fim de constituir a continuidade da educação formal.
A previsão inicial era de que o curso durasse nove meses, completando 1.100 horas práticas, mas, devido à pandemia, durou mais de um ano, em função de dois períodos de pausa.
Os formandos que permanecerão em cumprimento de pena serão encaminhados para atividades laborais remuneradas no Complexo. Já os que estão em vias de mudança de regime terão o contato com a rede de supermercados intermediado pelas instituições, para que sigam contratados em atividade extramuros.
Um dos destaques positivos desse formato de ação de tratamento penal foi o ambiente otimizado, similar ao encontrado em universidades e escolas formais. Para tanto, o espaço foi estruturado fora de galeria regular, em pavilhão externo voltado exclusivamente para a aprendizagem. Através da disposição de telemonitoramento por câmeras de vídeo e de segurança humanizada e treinada, os participantes experienciaram uma possibilidade efetiva de formação técnica e de desidentificação com a cultura prisional.
“São ações como essa que nos motivam cotidianamente. Vemos que, realmente, com algumas ações realistas podemos fazer diferença na vida dessas pessoas”, destacou o diretor do Complexo de Canoas, Loivo Lima.
O Programa Jovem Aprendiz é voltado para a preparação e inserção de jovens (de até 24 anos incompletos) no mundo do trabalho, com base na Lei da Aprendizagem (10.097/2000).
Gisele Reginato
Imprensa Susepe