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Publicação 22.06.2022 às 15:31
Projeto de produção de bioabsorventes na Penitenciária de Guaíba concorre ao Prêmio Innovare 2022
Foto: Rafaela Pollacchinni

Na terça-feira (21), ocorreu na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba (PEFG) a visita de auditoria do projeto de produção de absorventes ecológicos pelas apenadas, inscrito no Prêmio Innovare 2022. A auditoria é o primeiro passo para que sejam analisadas as práticas submetidas ao Instituto Innovare, que premia anualmente desde 2004 iniciativas que contribuem para o aprimoramento da justiça no Brasil.


O procedimento consiste em uma entrevista feita por representantes do Instituto Innovare com os responsáveis pela prática inscrita e uma visita às instalações onde ela ocorre. Na PEFG, a entrevista contou com a participação da diretora da unidade e coordenadora do projeto, Isadora Carlotto Minozzo, da secretária adjunta de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo, Carolina Ramires, e de servidores da Susepe e da SJSPS.


Após a entrevista, ocorreu a visita às salas onde são realizadas as atividades. Além da confecção de absorventes ecológicos, a proposta tem o objetivo de instruir as apenadas sobre saúde menstrual e reprodutiva. Uma das salas é dedicada a aulas com profissionais de saúde, nas quais são discutidos temas de cuidado com a saúde e higiene menstrual, além da cultura e do preconceito que existem sobre a menstruação e o corpo da mulher. Outro espaço é dedicado à confecção dos absorventes, que são feitos com um tecido especialmente desenvolvido pela empresa Herself, parceira do projeto.

 

Foto: Rafaela Pollacchinni


Ramires, na ocasião, destacou que “a iniciativa tem um caráter de preservação do meio ambiente, de acesso à informação e impacto na cultura, promovendo a dignidade menstrual no ambiente da penitenciária”. A secretária adjunta também ressaltou a envergadura que o projeto ganhou: “em maio houve o South Summit em Porto Alegre, com participação de pessoas de diversos países, e nós tivemos espaço para expor a iniciativa para esse público”.


Na entrevista com a auditora, Minozzo apontou que a iniciativa ajuda a promover uma mudança na forma como lidamos com o sistema prisional: “nós vemos esse ambiente como sendo masculino. Todas as regras estabelecidas são feitas pensando na perspectiva masculina. Então é importante promover projetos como esse que ressaltam que a mulher no sistema penal tem necessidades diferentes, tem uma higiene diferente e exige recursos diferentes”, disse a diretora.


Em janeiro, a produção de bioabsorventes foi eleita um dos oito melhores projetos brasileiros de trabalho prisional selecionados pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen). A iniciativa tem sido um modelo para implementação em outros estados.

Foto: Rafaela Pollacchinni

Imprensa Susepe

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