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Atualização 18.08.2017 às 19:27
Publicação 18.08.2017 às 19:09
Projeto Direito no Cárcere comemora seis anos de atividades
Aniversário do projeto foi marcado por diversas atividades na Cadeia Pública de Porto Alegre
Foto de Caroline Paiva/Imprensa Susepe

O projeto Direito no Cárcere completou nesta sexta-feira (18), seis anos de atividade na Cadeia Pública de Porto Alegre (antigo Presídio Central). A iniciativa é voltada a apenados da galeria E1, que passaram ou passam por tratamento para dependência química. 

Idealizado pela jornalista e advogada Carmela Grune, o projeto conta com apoio de diversos voluntários e trouxe neste aniversário várias atividades como palestras, música e esporte. O som ficou a cargo da banda Diretoria, que toca reggae e soul music, e o slackline foi a esporte escolhido.

Na ocasião, o apenado J. L., representante da galeria, informou que das 21 pessoas que estavam no projeto e entraram liberdade, desde o início do ano, 18 não reincidiram no crime, representando um aproveitamento de mais de 85%. “Somos todos passíveis de erro. O real valor da vida está em querer fazer diferente, mudar o comportamento é mais difícil que parar de usar drogas. Somos gratos pelo que a casa prisional, a Carmela, a equipe técnica e os voluntários fazem por nós”, finalizou, agradecendo.

Márcio Viana dos Santos, voluntário e ex-detento, hoje trabalha na área de Tecnologia da Informação e atua também como guia turístico. Ele procurou Carmela para participar do projeto e dizer aos presos que é possível mudar. “Vocês tem que aproveitar as ferramentas que estão sendo ofertadas”, comentou.


Projeto atende a apenados que sofreram ou sofrem de dependência química

A assistente social e voluntária do projeto desde 2013, Raquel Zimmermann contou sobre a tragédia que vitimou seu filho. Raquel passou a participar o projeto pra saber onde estava o erro. “Somos todos vítimas.  Desafiando o senso comum, o perdão e o amor foram a forma que encontramos para superar “, relatou. Hoje, Raquel trabalha em um projeto que visa prevenir a criminalidade entre os jovens.

Primeira enfermeira do sistema prisional, Vera Maria Inácio da Costa esteve pela terceira vez participando do projeto. Especialista em acupuntura, Vera tem como objetivo trabalhar a medicina tradicional chinesa com os detentos.  

Representando a direção da Cadeia Pública de Porto Alegre, o major André Pinheiro informou que, se fosse possível, a direção gostaria que todo o presídio fosse contemplado com o projeto. “Atenderíamos mais pessoas. É gratificante para eles, resta saberem aproveitar. Nosso maior objetivo é oferecer a oportunidade”, disse.


Balão dos seis anos é solto, representando o aguardado momento da liberdade

 

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Aniversário de cinco anos do projeto (2016).

 

 

 

Caroline Paiva
Imprensa Susepe

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